A Psicologia transpessoal é um sistema de compreensão da consciência, que nasceu no final da década de 60, quando Viktor Frankl, Stanislav Grof, James Fadiman e Anthony Sutich juntaram-se a Abraham Maslow para oficializar o nascimento do que seria a “quarta força”em Psicologia. No Brasil, durante a década de 70 e 80, a Psicologia Transpessoal (e a Psicoterapia Transpessoal baseada nesta abordagem), ganharam espaço e um número mais significativo de estudiosos e adeptos da área da saúde mental.
A Psicologia Transpessoal estabelece que o ser humano caracteriza-se pela integração e constante desenvolvimento de suas dimensões bio-psico-social e espiritual em direção à unidade fundamental do ser. Para tanto, ela possibilita ao indivíduo através do estudo e da vivência de estados ampliados de consciência, uma compreensão existencial mais clara e abrangente, e com isso a emergência de um ser integrado, conectado ao todo e aos demais sistemas do universo de forma harmoniosa e não fragmentada.
A Psicologia Transpessoal em seus pressupostos teórico-práticos relaciona-se com os modernos postulados da física quântica, com a teoria dos sistemas e com a filosofia e as tradições perenes, cujos ensinamentos constituem-se pontos de apoio importantes. Ela é uma teoria dinâmica, que continua se desenvolvendo em concordância com as pesquisas mais recentes sobre a mente, a consciência e seu funcionamento, dentro da Filosofia, da Física, da Biologia, da Medicina, ou seja de forma interdisciplinar e em busca da transdiciplinaridade necessária para abranger o fenômeno humano em toda sua complexidade.
São cinco elementos-conceito que formam a estrutura da Psicologia Transpessoal:
1. A unidade – sustenta a teoria e direciona o processo terapêutico no sentido que o ser deve, ao longo de sua caminhada evolutiva, desidentificar-se com as partes e com a percepção de fragmentação e buscar a unidade, onde inexistem espaço e tempo. A vivência da unidade traz ao indivíduo sentimentos de paz e harmonia e possibilita uma percepção mais ampla da realidade.
2. A vida – na Transpessoal,, a vida é um processo de evolução e desenvolvimento contínuos, onde a morte não é seu contrário, mas parte integrante, junto com o renascimento, da experiência de viver. Assim, nascer, morrer e renascer são processos de transformação inerentes ao desenvolvimento integral do ser humano.
3. O Ego – o ego é um constructo mental que nos instrumentaliza para lidar com a realidade, ao possibilitar a separação Eu-Outro e com isso criar, ainda que ilusoriamente, uma personalidade separada do Todo. Na Psicologia Transpessoal, o ego deve ser compreendido e superado; deve morrer pra renascer na consciência da unidade com o todo, possibilitando a libertação de padrões doentios e de bloqueios ao desenvolvimento do ser.
4. A consciência:
* Estados de consciência: são níveis diferentes de consciência que nos permitem a percepção da realidade em todas as suas dimensões. Através do estudo e da aplicação terapêutica destes estados de consciência, a Transpessoal se diferencia das demais abordagens. Os principais estados estudados e reconhecidos são: vigília, devaneio, sonho, sono profundo, despertar, plena consciência e consciência cósmica.
* Domínios da consciência (cartografias): é o mapeamento das regiões da consciência, onde se encontram os registros pessoais e transpessoais. Segundo o trabalho de Kenneth Ring, temos um mapeamento consciencial em forma de pirâmide, com conteúdos distribuídos nas regiões pessoal e transpessoal que se relacionam a vivências específicas:
1. o domínio da vigília
2. o pré-consciente
3. o nível psicodinâmico
4. o nível ontogenético
5. o inconsciente transindividual
6. o inconsciente filogenético
7. o inconsciente extraterreno
8. o superconsciente
9. o vácuo
Há, no entanto várias outras cartografias propostas para a compreensão da consciência em seu aspecto dinâmico. Algumas delas são: a de Roberto Assagioli, de Ken Wilber, de Stanislav Grof, entre outras.
É importante comentar que a ação dinâmica da Psicologia Transpessoal se faz através da combinação de dois eixos complementares, o eixo da experiência e o da evolução.
* O eixo experiencial: a percepção ou vivência da realidade acontecem em decorrência da presença e do desenvolvimento e integração das funções psíquicas da razão, emoção, intuição e sensação (REIS). Assim, dentro da abordagem psicoterapêutica, a Transpessoal trabalha com estas funções, no sentido de ajudar o indivíduo a expressar e desenvolvê-las experiencialmente. Para a Transpessoal, o trabalho estaria incompleto se contemplasse apenas em sua prática, o discurso verbal. Nesta abordagem, este mesmo discurso é transformado em experiência quando se dá a estimulação das demais funções psíquicas, ampliando e desvelando conteúdos que estão submersos no discurso linear e que precisam ser liberados para que ocorra a cura. Assim, pede-se ao sujeito que relate sua experiência com detalhes, que identifique os sentimentos ligados a ela, que estabeleça conexão com as sensações que evocam tal experiência, que perceba suas intuições sobre o fato, ligando-o ao passado e à perspectiva futura, etc.
Estes recursos possibilitam uma ampliação da percepção da realidade pelo indivíduo e criam um espaço receptivo para a emergência do eixo evolutivo.
* O Eixo evolutivo: este eixo assume sua importância quando postula-se que um conflito nunca é resolvido no mesmo nível em que foi criado, necessitando de um nível mais elevado para que ocorram insights de resolução. Assim temos que um dos objetivos do processo terapêutico na Psicologia Transpessoal é o desbloqueamento e a integração de diferentes áreas da psique, através de recursos variados trazidos pelo eixo experiencial já mencionado. Com isso, cada indivíduo pode utilizar verdadeiramente seus recursos interiores que permitem-no alcançar a ordem mental superior, e com ela a ampliação da percepção das situações para além do nível pessoal. Podem então surgir respostas novas a situações conflituosas e acima de tudo, emerge o sentido evolutivo de nossa existência, trazendo-nos uma compreensão pessoal e cósmica da experiência da vida, a percepção de unicidade e de comunhão com o todo.
A Psicologia Transpessoal utiliza-se também de recursos adjuntos ou auxiliares que favorecem o desenvolvimento do ser humano. São os chamados recursos milenares, oriundos das tradições perenes, que são utilizados como práticas destas tradições, mas podem e devem ser aproveitados dentro do processo terapêutico, por garantirem a pacificação da mente, a expansão dos estados de consciência, o rebaixamento da tensão e da ansiedade, o auto-conhecimento e aproveitamento pelo indivíduo de suas próprias riquezas internas. Alguns destes recursos adjuntos constituem-se práticas meditativas das mais variadas origens (budistas, zen-budistas, brâmanes, etc), os exercícios de contemplação, de concentração, de relaxamento, a prática da ioga, entre outros.
Muitas pesquisas estão sendo feitas e parecem confirmar a ocorrência, a partir destes recursos, de alterações bioquímicas e glandulares que provocam benefícios físicos como a redução do stress crônico, do cansaço, de situações de risco de saúde.
A Psicologia Transpessoal estabelece que o ser humano caracteriza-se pela integração e constante desenvolvimento de suas dimensões bio-psico-social e espiritual em direção à unidade fundamental do ser. Para tanto, ela possibilita ao indivíduo através do estudo e da vivência de estados ampliados de consciência, uma compreensão existencial mais clara e abrangente, e com isso a emergência de um ser integrado, conectado ao todo e aos demais sistemas do universo de forma harmoniosa e não fragmentada.
A Psicologia Transpessoal em seus pressupostos teórico-práticos relaciona-se com os modernos postulados da física quântica, com a teoria dos sistemas e com a filosofia e as tradições perenes, cujos ensinamentos constituem-se pontos de apoio importantes. Ela é uma teoria dinâmica, que continua se desenvolvendo em concordância com as pesquisas mais recentes sobre a mente, a consciência e seu funcionamento, dentro da Filosofia, da Física, da Biologia, da Medicina, ou seja de forma interdisciplinar e em busca da transdiciplinaridade necessária para abranger o fenômeno humano em toda sua complexidade.
São cinco elementos-conceito que formam a estrutura da Psicologia Transpessoal:
1. A unidade – sustenta a teoria e direciona o processo terapêutico no sentido que o ser deve, ao longo de sua caminhada evolutiva, desidentificar-se com as partes e com a percepção de fragmentação e buscar a unidade, onde inexistem espaço e tempo. A vivência da unidade traz ao indivíduo sentimentos de paz e harmonia e possibilita uma percepção mais ampla da realidade.
2. A vida – na Transpessoal,, a vida é um processo de evolução e desenvolvimento contínuos, onde a morte não é seu contrário, mas parte integrante, junto com o renascimento, da experiência de viver. Assim, nascer, morrer e renascer são processos de transformação inerentes ao desenvolvimento integral do ser humano.
3. O Ego – o ego é um constructo mental que nos instrumentaliza para lidar com a realidade, ao possibilitar a separação Eu-Outro e com isso criar, ainda que ilusoriamente, uma personalidade separada do Todo. Na Psicologia Transpessoal, o ego deve ser compreendido e superado; deve morrer pra renascer na consciência da unidade com o todo, possibilitando a libertação de padrões doentios e de bloqueios ao desenvolvimento do ser.
4. A consciência:
* Estados de consciência: são níveis diferentes de consciência que nos permitem a percepção da realidade em todas as suas dimensões. Através do estudo e da aplicação terapêutica destes estados de consciência, a Transpessoal se diferencia das demais abordagens. Os principais estados estudados e reconhecidos são: vigília, devaneio, sonho, sono profundo, despertar, plena consciência e consciência cósmica.
* Domínios da consciência (cartografias): é o mapeamento das regiões da consciência, onde se encontram os registros pessoais e transpessoais. Segundo o trabalho de Kenneth Ring, temos um mapeamento consciencial em forma de pirâmide, com conteúdos distribuídos nas regiões pessoal e transpessoal que se relacionam a vivências específicas:
1. o domínio da vigília
2. o pré-consciente
3. o nível psicodinâmico
4. o nível ontogenético
5. o inconsciente transindividual
6. o inconsciente filogenético
7. o inconsciente extraterreno
8. o superconsciente
9. o vácuo
Há, no entanto várias outras cartografias propostas para a compreensão da consciência em seu aspecto dinâmico. Algumas delas são: a de Roberto Assagioli, de Ken Wilber, de Stanislav Grof, entre outras.
É importante comentar que a ação dinâmica da Psicologia Transpessoal se faz através da combinação de dois eixos complementares, o eixo da experiência e o da evolução.
* O eixo experiencial: a percepção ou vivência da realidade acontecem em decorrência da presença e do desenvolvimento e integração das funções psíquicas da razão, emoção, intuição e sensação (REIS). Assim, dentro da abordagem psicoterapêutica, a Transpessoal trabalha com estas funções, no sentido de ajudar o indivíduo a expressar e desenvolvê-las experiencialmente. Para a Transpessoal, o trabalho estaria incompleto se contemplasse apenas em sua prática, o discurso verbal. Nesta abordagem, este mesmo discurso é transformado em experiência quando se dá a estimulação das demais funções psíquicas, ampliando e desvelando conteúdos que estão submersos no discurso linear e que precisam ser liberados para que ocorra a cura. Assim, pede-se ao sujeito que relate sua experiência com detalhes, que identifique os sentimentos ligados a ela, que estabeleça conexão com as sensações que evocam tal experiência, que perceba suas intuições sobre o fato, ligando-o ao passado e à perspectiva futura, etc.
Estes recursos possibilitam uma ampliação da percepção da realidade pelo indivíduo e criam um espaço receptivo para a emergência do eixo evolutivo.
* O Eixo evolutivo: este eixo assume sua importância quando postula-se que um conflito nunca é resolvido no mesmo nível em que foi criado, necessitando de um nível mais elevado para que ocorram insights de resolução. Assim temos que um dos objetivos do processo terapêutico na Psicologia Transpessoal é o desbloqueamento e a integração de diferentes áreas da psique, através de recursos variados trazidos pelo eixo experiencial já mencionado. Com isso, cada indivíduo pode utilizar verdadeiramente seus recursos interiores que permitem-no alcançar a ordem mental superior, e com ela a ampliação da percepção das situações para além do nível pessoal. Podem então surgir respostas novas a situações conflituosas e acima de tudo, emerge o sentido evolutivo de nossa existência, trazendo-nos uma compreensão pessoal e cósmica da experiência da vida, a percepção de unicidade e de comunhão com o todo.
A Psicologia Transpessoal utiliza-se também de recursos adjuntos ou auxiliares que favorecem o desenvolvimento do ser humano. São os chamados recursos milenares, oriundos das tradições perenes, que são utilizados como práticas destas tradições, mas podem e devem ser aproveitados dentro do processo terapêutico, por garantirem a pacificação da mente, a expansão dos estados de consciência, o rebaixamento da tensão e da ansiedade, o auto-conhecimento e aproveitamento pelo indivíduo de suas próprias riquezas internas. Alguns destes recursos adjuntos constituem-se práticas meditativas das mais variadas origens (budistas, zen-budistas, brâmanes, etc), os exercícios de contemplação, de concentração, de relaxamento, a prática da ioga, entre outros.
Muitas pesquisas estão sendo feitas e parecem confirmar a ocorrência, a partir destes recursos, de alterações bioquímicas e glandulares que provocam benefícios físicos como a redução do stress crônico, do cansaço, de situações de risco de saúde.
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